Tragédias mudam as leis

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O que de positivo se tira das grandes tragédias

Brenda Chaia – Especialista em Marketing de Conteúdo

Infelizmente, grandes tragédias acontecem e parecem inevitáveis, mas algumas poderiam ser evitadas se leis e ações de prevenção fossem realizadas.

Atualmente, o incêndio da Boate Kiss, que completa uma década esse ano, voltou aos holofotes graças a uma série do serviço de Streaming Netflix. Porém, antes desse triste incêndio que abalou todo o país, houve um outro, tão dramático quanto esse, o do Edifício Joelma, que ocorreu em 1º de fevereiro de 1974.

Vamos falar um pouco sobre esse triste acidente e quais mudanças extremamente necessárias para maior segurança foram promovidas graças ele.

O Edifício Joelma

O Edifício Joelma foi inaugurado em 1972, em São Paulo, Capital. Sua estrutura conta com duas torres que comportam 25 andares, sendo que os 10 primeiros são de garagem. A sua entrada principal fica na conhecida Avenida Nove de Julho.

Na época da sua inauguração, ele foi considerado uma estrutura segura e moderna, tanto que o importante e agora, extinto, Banco Crefisul de Investimentos alugou um grande espaço no Edifício.

O que causou incêndio

Segundo os laudos posteriores ao incêndio, as chamas teriam iniciado em um ar condicionado do Banco Crefisul, no 12° andar.

Uma soma de fatores contribuiu para que o incêndio se alastrasse de forma rápida e difícil de controlar.

Primeiro, os fios dos aparelhos de ar condicionado de todo o prédio ficavam expostos do lado exterior do edifício e, através de furos nas janelas, iam para dentro. Pelo fato de ficarem expostos ao tempo, os fios sofreram desgastes naturais, ficando desencapados e mais frágeis, assim suscetíveis a curtos circuitos.

Além disso, todo a edificação era composta de forros e divisórias de madeira, e materiais inflamáveis poderiam ser encontrados em todo o lugar.

Todos esses fatores ajudaram as chamas se espalharem de forma rápida e trágica.

Erros na prevenção

Quando os Bombeiros chegaram no local, poucos minutos depois do início do fogo, encontram hidrantes secos ou com pouca pressão. Foram necessários caminhões pipa para auxiliar no combate ao incêndio. Esse fato fez diferença, pois o tempo que se perdeu fez com que as chamas ganhassem mais força.

Outro problema grave encontrado, segundo o laudo da época, eram as instalações elétricas em todo o edifício. Elas estavam em péssimo estado, tendo fiações desencapadas, desgastadas e não eram embutidas nas paredes.

Mais um ponto contra a segurança, é que no prédio não havia portas corta fogo, muitas pessoas tentaram escapar pelas escadas e não tiveram sucesso, além de procurarem os elevadores, ficando presas neles, por falta de informação, que deveria ter sido fornecida, segundo as regras de segurança.

Junto a tudo isso, havia a presença de materiais inflamáveis por todo o edifício sem nenhum tipo de cuidado específico. Fatos que iam contra toda as normas internacionais de prevenção e combate a incêndio da época.

O laudo concluiu-se assim: “Tudo favorecia o desastre, bastava jogar um fósforo”.

As lições

Ações responsivas foram tomadas seis dias depois.

O então prefeito de São Paulo, Miguel Colasuonno, no dia 07 de fevereiro de 1974, publicou um decreto que instituía “normas especiais para a segurança dos edifícios, a serem observadas na elaboração dos projetos e na execução, bem como no equipamento e no funcionamento, e dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter prioritário”.

Antes do fato, o Código de Obras de Município de São Paulo em vigor, datava de 1934, estando obviamente muito desatualizado em relação as exigências que as normas e os órgãos competentes pediam.

No ano seguinte, em 1975, o novo Código de Edificações do Município foi aprovado, o que garantiu uma ampliação a mais nas exigências de segurança.

Isso, proporcionou mais rigor nas construções e em seus planos de segurança e também abriu margem para maior fiscalização em edifícios.

Saldo

Ao todo foram 187 mortes e mais de 300 feridos.

Não podemos afirmar com exatidão se a tragédia poderia ter sido menor, mas se levarmos em conta todos cuidados não tomados em vista da prevenção e combate a incêndio, acreditamos que sim.

O que se pode tirar de positivo de todo esse triste fato, é que situações assim mobilizam a sociedade num todo para que mudanças necessárias sejam feitas de forma efetiva. Chama atenção das pessoas para a importância de ações e prevenção de sinistros. Leis a esse respeito são criadas e aprovadas com mais agilidade.

Não dá para economizar

Outra lição que fica extremamente provada é que não há economia que pague vidas.

Por isso, é muito necessário investir em prevenção e combate a incêndio.

Instalação e manutenção de sistemas hídricos e eletrônicos, treinamento e repasse de informação para casos de incêndio, sinalização clara e seguindo as normas dos órgãos competentes.

Tudo isso pode não garantir que o pior aconteça, mas com certeza, minimizará os danos.

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